
São fatos reais, não divulgados pela mídia de 1994. Poucas pessoas tiveram o interesse de entender o que estava acontecendo com Ruanda, um pequeno país africano. Este filme serve com denúncia. Milhares de pessoas foram mortas vítimas de preconceito, de etnocentrismo e de um Estado ineficiente. São estes pontos que trabalhei nas aulas de sociologia.
Fiz uso deste filme nas salas do 1º e 3º ano com abordagens diferentes. No 1º ano quis que meus alunos entendessem como o etnocentrismo pode ser destruidor, selvagem, cruel. Hotel Ruanda é perfeito para a discussão das diversas formas de preconceito, não somente o racial, que ao meu ver, virou algo banal. O filme trata de um preconceito acobertado, a qual muitas pessoas acreditam que não exista, o preconceito contra à cultura. Etnocentrismo existe sim e não só em Ruanda, ao nosso lado. Quando riem do nosso modo de falar, das nossas vestes, da nossa religião, quando fazem "piadinhas" desnecessárias e altamente destruitivas.
No 3º ano, o centro da discussão era o conceito de Estado, no sentido político e jurídico. A tragédia de Ruanda foi imensamente grave,pois sua estrutura política não era forte, não existia uma soberania e muito menos um governo estável.
Muitas pessoas sofreram com tudo isso, vítimas da mediocridade do ser humano e do sistema político falho e dependente das ditas grandes potências que não abriram seus olhos para esta frágil nação.
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