domingo, 11 de março de 2012

Monitoria- 3º ano do Ensino Médio

Com o intuito de aproximá-los do ambiente universitário ( já que muito pretendem entrar em uma faculdade em 2013) nas aulas de Sociologia do 1º bimestre adotaremos o sistema de monitoria.
A monitoria não é um seminário, muito menos a avaliação principal do bimestre. Este mecanismo tem como objetivo aproximar os alunos das aulas, principalmente com os assuntos que mais possui identidade, por isso que não é obrigatório e sim recomendado.

Como funcionará?
Os alunos escolherão as leis que desejam pesquisar e apresentar para a turma. Como a monitoria não é um seminário, a exposição dos temas será de responsabilidade da professora, cabe aos monitores participarem, dialogarem durante a exposição do tema.
Segue abaixo as leis trabalhadas durante as aulas:

Declaração Universal dos Direitos Humanos
Constituição Federal de 1988
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
Estatuto do Idoso
Código de Defesa do Consumidor
Código Civil

Lembrando que as monitorias serão marcadas com no mínimo 1 semana de antecedência.

Beijo
Profª Sandra

Apresentação de Pesquisa de Campo- 1ºs anos do Ensino Médio

Queridos alunos,

Conforme combinamos em sala de aula na semana anterior ao planejamento pedagógico marcamos a data de apresentação da pesquisa de campo para esta semana que se inicia. Lembrando que a pesquisa de campo refere-se a tarefa de conhecer um local totalmente desconhecido pelo grupo e observar todos os detalhes do lugar para apresentar para a turma. Fotos e entrevistas são opcionais.

Segue as datas pré-marcadas para cada turma. Lembro novamente que o 1ºA e 1ºF já apresentaram as suas pesquisas.

1ºB- apresentação dia 13/03/2012
1ºC- apresentação dia 14/03/2012
1ºD- apresentação dia 12/03/2012

Obrigada,
Profª Sandra Jardim- Sociologia

sexta-feira, 9 de março de 2012

Confraternização de professores- Fanny

Uma foto para registrar este momento de dezembro de 2011. Professoras Sandra Jardim, Talita Morais e Juliana Caetano.

II Encontro Estadual de Sociologia- UNESP 2011

No dia 26 de setembro de 2011 aconteceu o II Encontro Estadual de Sociologia na UNESP- Capital. Debatemos diversos assuntos, inclusive o currículo de Sociologia, as práticas de ensino e as condições de trabalho do professor no Estado de São Paulo.



queridas.

No Congresso Brasileiro de Sociologia- UFPR (2011)

Colação de Grau- Ciências Sociais PUC-SP

Desabafo

Tem gente fora da educação que diz que o mais difícil é trabalhar com adolescentes, adultos em formação, que eles são indisciplinados, mal-educados, etc. Para essas pessoas eu digo que os meus alunos são a MELHOR parte de tudo isso, pq se fosse por outros motivos o barco já estava afundado. O pior da educação não são os alunos e sim o SISTEMA e o este é mais difícil de resolver, pq não depende só de mim e sim de outros milhões de eleitores. Mas poucos possuem a consciência disso.

O que é ser feminista?

"Ser feminista não é querer ser igual aos homens ou melhor que eles. Ser feminista é lutar para que todas as mulheres terem a sua dignidade profissional, como mãe, filha e principalmente com toda a essência de ser mulher, uma pessoa que mistura a sensibilidade com a astúcia, mistura a garra com a meiguice. Muitos não entendem que é possível ser FEMININA e ao mesmo tempo FEMINISTA. Não
queremos roubar o espaço do homem, queremos ter o espaço só nosso e ser valorizada por isso. Parabéns mulheres FEMINISTAS e FEMININAS deste país."


Parabéns pelo nosso dia MULHERES, sempre lutamos por uma sociedade mais justa, sempre enfrentamos todos os preconceitos, angústias e decepções. Já ganhamos diversas lutas, muitas batalhas mas a cada dia nos deparamos por muitos obstáculos. Em 80 anos conseguimos o direito de votar, conseguimos o nossso direito de casar somente com quem queremos ( ou não casar), conseguimos o direito de ter a profissão que desejamos, conseguimos o direito de decidir quando podemos engravidar, através dos métodos anticoncepcionais, conseguimos ter uma participação maior em uma relação a dois. A nós mulheres digo que a luta nunca termina, cada vez mais precisamos de espaço, muitas vitórias tivemos mas há muito para ser conquistado. Vamos em frente e novamente PARABÉNS MULHERES GUERREIRAS, que não deixam se abater com os problemas corriqueiros.

Dia Internacional da Mulher

Professora conta a história do Dia Internacional das Mulheres

Por Haidê Silva, professora da EE João Martins


O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 08 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada de seu país na Primeira Guerra Mundial. Tais manifestações marcaram o inicio da Revolução de 1917. No entanto, a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas das mulheres por melhores condições de vida e trabalho e também pelo direito de votar.

Ainda nesse contexto, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado até a década de 1920. Depois disso, a data ficou esquecida por um longo tempo, sendo recuperada pelo movimento feminista, somente na década de 1960.

Atualmente, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial, pois nessa data, os empregadores, sem pretender evocar o espírito das operárias grevistas, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.

Ao ser criada uma data específica para o Dia Internacional da Mulher, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

No dia 24 de fevereiro de 1932 as mulheres brasileiras conquistaram, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e de serem eleitas para cargos no poder Executivo e Legislativo. Esta data é, portanto, um marco na história da mulher brasileira.

Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o dia 08 de março como o Dia Internacional da Mulher. A fixação da data é o reconhecimento de um longo processo de lutas, organização e conscientização das mulheres, mas também de toda a sociedade, na maior parte do mundo. Ao longo dos anos, muitas têm sido as vitórias das mulheres: conquistaram direitos como o de freqüentar escolas, votar e se candidatar a cargos políticos, praticar esportes e representar o país em competições esportivas, entre outros. Também foram criadas delegacias de proteção à mulher e campanhas direcionadas à saúde da mulher.

No Brasil, atualmente, há mais mulheres que homens e elas ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho, e já são responsáveis pelo sustento de 24,9% dos domicílios brasileiros. No que diz respeito à igualdade entre homens e mulheres, apesar de erradicadas as disparidades no que se refere à educação e saúde, nenhum país possui igualdade total entre homens e mulheres. E os pontos mais problemáticos continuam a ser a oportunidade profissional e econômica e a participação política.

No Brasil, por exemplo, existem três grandes obstáculos: o abismo salarial entre os dois sexos, os poucos cargos políticos ocupados por mulheres e a desigualdade no acesso à educação. As mulheres ocupam a maioria dos bancos das universidades e estudam mais que os homens, mas em termos proporcionais, ingressam menos que eles no Ensino Fundamental. A participação política também é desigual, pois apesar de mais da metade da população ser do sexo feminino, no Poder Legislativo a média de mulheres é de apenas 12%.

No que se refere a conquistas nas leis, o movimento das mulheres pela igualdade tem obtido, ao longo da história, avanços graduais e constantes. No Brasil, o primeiro marco, já referido anteriormente, foi o ano de 1932, ocasião em que se estendeu a mulher o direito ao voto. Em 1988, veio a maior conquista, pois a Constituição Federal consagrou pela primeira vez na história do país a igualdade de gênero como direito fundamental. E em 2002, o Novo Código Civil consolidou as mudanças constitucionais.

Portanto, no que diz respeito ao aspecto legal, não há nada que possa obstruir a igualdade de gênero no país e então, podemos concluir que o que tem impedido que ela aconteça na prática é a barreira cultural, que impede a ascensão feminina a altos cargos nas empresas e no governo, especialmente em áreas não relacionadas à saúde, educação ou assistência social, campos tradicionalmente reservados às mulheres.

Ainda a respeito de leis, a Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, é responsável por mudanças importantes relacionadas aos direitos da mulher, como por exemplo, o aumento no rigor das punições às agressões contra a mulher no âmbito doméstico ou familiar.

Essa lei cria mecanismo para inibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, trata da criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal, entre outras coisas.

A Lei Maria da Penha tornou possível que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. Esses agressores também não podem mais ser punidos com penas alternativas, e o tempo máximo de detenção passou de um para três anos. Além disso, a lei prevê medidas como a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida e dos filhos.

Para finalizar, faremos nossas as palavras da socióloga Eva Alterman Blay, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e coordenadora do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações de Gênero (NEMGE), para quem o dia 08 de março tornou-se uma data um tanto festiva, com flores e bombons para uns, mas para outros, é relembrada sua origem marcada por fortes movimentos de reivindicação política, trabalhista, greves, passeatas e muita perseguição policial. É, portanto, uma data que simboliza a busca de igualdade social entre homens e mulheres, em que as diferenças biológicas sejam respeitadas, mas não sirvam de pretexto para subordinar e inferiorizar a mulher.

Nesse contexto, devemos considerar que hoje, sem sombra de dúvidas, a data é mais que um simples dia de comemoração ou de lembranças. É, na verdade, uma inegável oportunidade para o mergulho consciente nas mais profundas reflexões sobre a situação da mulher: sobre seu presente concreto, seus sonhos, seu futuro real. É dia para pensar, repensar e organizar as mudanças em benefício da mulher e, conseqüentemente, de toda a sociedade. Os outros 364 dias do ano são, certamente, para realizá-las.

Então, à luta companheiras! À luta por educação, trabalho qualificado e remunerado, pois estas são as vias privilegiadas para a conquista da autonomia que nos possibilita realizar escolhas e decidir por nós mesmas os rumos de nossas vidas!


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Haidê Silva é Dra. pela Universidade São Paulo e professora do estado de São Paulo e do município de São Paulo. Atualmente é conselheira regional da Apeoesp Taboão da Serra