quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sobre o Natal

Respeito todos que consideram o Natal uma data especial, repleta de amor, de fraternidade. Para mim, o Natal não deixa de ser a data mais comercial do ano, onde as pessoas ficam desesperadas para comprar, consumir e se endividar.
É uma data cristã, digna de muita sabedoria e ritualidade mais que deixou há muito tempo de ser um feriado de reflexão espiritual.
A começar pela figura patética do papai noel, da árvore de natal, das luzes. Isso só serve para aumentar o desejo compulsivo pelo consumo.

Mas millhares de pessoas gostam de se enganar, gostam de buscar em um único dia todas as respostas para sua vida, logicamente algo em vão. Enfim, vamos respeitar esta data, ficar neste rolo da hipocrisia e da alienação, buscar uma felicidade que está além de nossos anseios, das nossas angústias.

domingo, 14 de novembro de 2010

Nelson Mandela




Nelson Rolihlahla Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.

De etnia Xhosa, Mandela nasceu no pequeno vilarejo de Qunu, distrito de Umtata, na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois, e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.

Em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali tomou interesse no boxe e nas corridas. Após se matricular, ele começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.

Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias, sendo expulso da universidade. Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência. Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.

Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.

Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.

Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para a Argélia para treinamento paramilitar.

Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).

No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.

Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.

Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.

Ele se casou três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.

Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.

Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.

A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessa luta.

Mahatma Gandhi




Mohandas Karamchand Ghandi foi um líder espiritual e pacifista indiano. Nasceu na cidade indiana de Bombaim, no ano de 1869.

Durante a infância e adolescência foi educado na Índia. Quando adulto foi estudar em Londres (Inglaterra), onde cursou direito, formando-se advogado. Ao retornar para a terra natal, tornou-se membro do Supremo Tribunal de Bombaim.

Em 1893 mudou-se para a África do Sul para trabalhar como advogado. Atuou em defesa da minoria hindu que vivia neste país africano, lutando pelos direitos iguais.

Ideais defendidos

Em 1914 retornou para a Índia, onde começou uma campanha pela paz entre hindus e muçulmanos, que viviam em conflito.

Atuou também contra o domínio britânico na Índia. Gandhi defendia a criação de um estado autônomo na Índia. Em função destas posições foi preso várias vezes pelos britânicos.

Gandhi era contra a violência, defendendo as formas pacíficas de protesto como, por exemplo, greves, passeatas, retiros espirituais e jejuns.

Foi uma das principais figuras no processo de independência da Índia. Obteve bons resultados na pacificação entre muçulmanos e hindus. Porém, em 1948, foi assassinado em Nova Délhi por um extremista hindu. Passou a ser chamado de Mahatma (em sânscrito “grande alma”) Gandhi.

Conceito de utopia

A Utopia - Thomas Morus
A utopia, do século XVI até os dias de hoje

Profa. M. A . Rosineide Guilherme da Silva

A Utopia é uma concepção teórica de um estado perfeito onde se viveria em plena liberdade religiosa. Assim, para Morus, a sociedade de Utopia é a reação ideal à sociedade inglesa de seu tempo; é a cidade de Deus que ele contrapõe a cidade terrestre.

1-A utopia no século XVI

Para comentar a utopia no século XVI é necessário considerar as idéias de Thomas Morus. Este pensador de origem inglesa foi um dos melhores representantes das ideologias humanistas que surgiram naquele período. Para Morus a sociedade ideal se assemelha à sociedade apresentada por Platão em: A República. Segundo alguns
críticos, foi pensando naquele modelo de vida que Morus publicou, em 1516, uma obra de ficção que constitui uma verdadeira crítica social, política e religiosa à sua época, que
era a Inglaterra dominada pelo rei Henrique VIII.

Nesta obra: A Utopia, Morus nos apresenta uma ilha imaginária onde todos vivem em harmonia e trabalham em favor do bem comum. Desde então o termo “utopia” está associado à fantasia, sonho, fortuna e bem estar, que são
aspectos formadores do ambiente utópico onde se desenvolveu a sociedade utopiana, no país chamado Utopia ou Ilha da Utopia que era dominada pelo rei Utopus: “Os habitantes da Utopia aplicam aqui o princípio da posse comum.
Para abolir a idéia da propriedade individual e absoluta, trocam de casa
a cada dez anos e tiram a sorte da que lhes deve caber na
partilha.” (MORUS, 1516, p. 81)

Esta sociedade idealizada por Morus representa um antagonismo em
relação à sociedade feudal do tempo em que vivia o autor:
A Utopia de Thomas Morus se organiza a partir de um relato fictício feito a Morus pelo culto viajante Raphael Hitlodeu que teria participado da expedição de Américo Vespúcio.
Em viagens, Rafael conhecera a fantástica Utopia, cuja descrição, nos remete a uma ilha paradisíaca, um lugar perfeito.

A fictícia Ilha da Utopia, no livro de Thomas Morus, é fruto de uma imagem criada a partir de histórias contadas sobre a exuberância da América, por reais desbravadores do continente americano quando do retorno destes à Europa.

A Utopia é uma concepção teórica de um estado perfeito onde se viveria em
plena liberdade religiosa. Assim, para Morus, a sociedade de Utopia é a reação ideal à
sociedade inglesa de seu tempo; é a cidade de Deus que ele contrapõe a cidade terrestre.

As idéias de Morus demonstram que ele visava libertar os homens para o trabalho. Ao invés de lavradores sem emprego a correr as estradas, ele queria trabalho para todos; e ao invés de
parasitas vivendo à custa de ricos, ele queria todos trabalhando. Deste modo esperava ele
encurtar as horas de trabalho, dando a todos o dia de seis horas.

Com tais idéias Morus se aproxima dos modernos socialistas, embora o seu enfoque não seja, exatamente, em direção ao futuro; o seu ideal traduzia o ideal medieval, comum a toda a teoria política do Ocidente. Afinal, desde São Tomás de Aquino que a comunidade cristã consiste de
classes diferenciadas que exercem harmonicamente funções próprias, todas necessárias ao bem comum. Essa é a sociedade ideal da Utopia de Thomas Morus.

A Utopia de Morus é uma obra que apesar de ter sido pensada no mundo do período
renascentista, apresenta questões bem atuais, anseios de acomodação e resolução de problemas
que ainda hoje são vividos pelas sociedades da América Latina, África, Ásia e Terceiro Mundo
em geral. A ausência da miséria, do desemprego, das taxas altas e a valorização do trabalhador
são algumas das principais metas que já naqueles tempos se procurava, se desejava alcançar
e que perduram ainda hoje sem que sejam concretizadas:

“Eis o que invencivelmente me persuade que o único meio de distribuir os bens com igualdade e justiça, e de fazer a felicidade do gênero humano, é a abolição da propriedade. Enquanto o direito
de propriedade for o fundamento do edifício social, a classe mais numerosa e mais estimável não
terá por quinhão senão miséria, tormentos e desesperos.” (MORUS, 1516, p.71)



Foi assim que Thomas Morus, no século XVI, em pleno Renascimento, pintou com palavras o quadro da sociedade perfeita. Morus, cumprindo um papel de ensaísta político-social, esquematizou uma sociedade ideal, sonhada e formalizada nas páginas de um livro que infelizmente continua sendo, para tantas pessoas neste planeta, tão atual como o foi quase cinco séculos atrás.


2 - A utopia hoje


Do século XVI até hoje, a utopia foi vivida e alimentada de todas as formas nos diferentes pontos
do planeta. A história registra os vários movimentos e modelos de sociedade e de Estado que
povos de todo o mundo criaram, viveram, buscaram. Desde a época de Morus até agora a humanidade tem vivido ou assistido a guerras e conflitos diversos a favor ou contra as variadas formas de política e economia que foram surgindo ao longo dos séculos. Tudo em nome de anseios
e desejos de bem estar comum ou individual, conforme a utopia de cada um, de cada nação ou de cada governante em nome de sua nação.

Agora passados esses cinco séculos de busca por um lugar ideal, por um modelo perfeito de
política e economia, há quem acredite havê-lo encontrado, e há quem pensa seguir buscando-o.
Há ainda aqueles que chegaram a pensar que já haviam conseguido alcançar essa utopia, tendo realizado esses anseios de bem estar comum.

O ensaísta estadunidense Francis Fukuyama, por exemplo, está entre os que chegaram a
acreditar no fim de uma história de buscas, de uma utopia que parece ter nascido junto com a humanidade, e que na sua opinião, vinte séculos seriam suficientes para realizá-la.

Fukuyama publicou tais pensamentos em Washington, em 1989, através do seu ensaio: The end
of History? Este ensaio constitui uma das versões do “fim da história”, que hoje são contestadas pelo próprio Fukuyama em um novo ensaio onde ele já não demonstra tanta certeza de haver chegado ao topo das realizações dos anseios humanos.

Para Fukuyama, na análise do argentino Eduardo Fracchia, a democracia liberal vivida hoje pelos Estados Unidos e outras nações do Globo é o modelo de política econômica que veio como
superador de outros modelos que não possuem o mesmo poder totalizante. Assim ele considera
que a vitória do capitalismo sobre o comunismo representa também a superação da monarquia e
do fascismo. Uma superação que deve ser entendida não como mais uma entre várias, mas sim
como a última, a definitiva, a ideal; o ponto mais alto da evolução ideológica da humanidade,
que em conjunto, chega ao “fim da história”.

Esse fim de história, conceito tomado de Hegel, não se refere ao término dos acontecimentos históricos, mas ao fato de se haver chegado a uma forma institucional de governo que satisfaz os desejos mais profundos do ser humano, como explica Fracchia.

Muitas críticas já foram feitas à teoria de Fukuyama, sobre o fim da história e uma delas diz que
ele ignorou a persistência de desigualdade e miséria dentro das próprias sociedades capitalistas avançadas. Para Fukuyama, a pobreza é um vestígio de tempos passados que está sujeito a um aperfeiçoamento de atitudes, como se esta fosse um defeito ou um desvio de caráter e não uma questão social. Sobre a guerra ele argumenta que é um mau a ser superado, e que vem diminuindo
à medida em que os Estados Unidos se aproximam de sua norma racional. O seu conceito não supunha, é bem verdade, a inexistência de todos os conflitos sociais ou a solução de todos os problemas institucionais. O que ele afirmava era que o capitalismo liberal é o “nec plus ultra” da vida política e econômica na Terra. O fim da história que ele quis mostrar, não era a chegada de
um sistema perfeito, mas a eliminação de quaisquer alternativas melhores. Nesse caso, ele nos
levou a pensar através deste seu ensaio, que a utopia acabou, ou melhor, que se realizou.
Aquela utopia pensada e traduzida dos desejos da humanidade no século XVI, por Morus,
chegou a sua totalidade.

Para a Drª Marcia Paraquett (pesquisadora e professora da UFF) Fukuyama tem um discurso arrogante e fala baseado no poder econômico dos Estados Unidos e em suas teorias, que estão caracterizadas pela prepotência da perfeição e em nada se prestam à realidade latino-americana.
E ainda segundo Marcia Paraquett, se Fukuyama e outros, como o francês Baudrillard que
também acredita no “fim da história”, pudessem ver e sentir um pouquinho de nossa realidade, certamente mudariam seus discursos e, talvez se mostrassem surpresos ao saberem que por aqui
o melhor ainda está por começar. Segundo ela, ou acreditamos nisso ou abandonamos o projeto
de construção de nosso continente. Pois, para ela a nossa história mal começou e precisamos ser protagonistas, agentes modificadores dessa História. E isso é utopia! Uma utopia que acredita sermos capazes de reverter o quadro de corrupção, de injustiça, de autoritarismo, de
desigualdade social e de violência urbana que estamos vivendo.

Segundo outros comentários de quem hoje analisa a utopia desde Thomas Morus, imensa é a
relação das manifestações literárias ou não, sobre a utopia. São manifestações que já aparecem
nos relatos da Bíblia e jogam com a esperança da Terra Prometida e dos paraísos celestes,
passando pelos contos infantis tradicionais que sempre falam de um reino distante onde os personagens terminam sendo felizes para sempre. Tais manifestações se apresentam neste
século como projetos utópicos modernistas e pós-modernistas que valorizam as ações sociais e políticas, constituindo uma vertente utópico-revolucionária, voltada para uma mudança social concreta e transformadora.

Sendo assim, o sujeito utópico de hoje se empenha em atingir a plenitude humana por via da ação política, já que atualmente para a maioria dos que se preocupam com o assunto, a utopia não é considerada somente um sonho, mas uma verdadeira tomada de consciência diante das problemáticas político-sociais.

O que é importante, diante de tudo isso, é que tanto na fantasia como na prática política, a utopia ajuda o homem a sobreviver, levando-o a criar novos mundos, reais ou imaginários, que o
projetam rumo a um futuro certo, um futuro promissor em direção ao qual toda a humanidade
sempre esteve voltada.


3 -Conclusão


A utopia, que esteve presente desde sempre, de uma maneira ou de outra, no pensamento de todos os povos, em todas as épocas, representa uma busca que o pesquisador e professor paulista Sergio R. de Almeida analisa como “negação de uma realidade medíocre e sufocante”. Na Idade Média essa busca se intensifica dado a uma realidade de fome, doenças, trabalho duro e injustiças sociais de todo tipo que faz com que o homem medieval idealize lugares, ilhas, paraísos terrestres que constituem espaços sem limites definidos e sem localização exata. Mas após o século XVIII a utopia ganha suporte político e se projeta nos tempos modernos com mais força, dando margem a uma nova leitura e interpretação. A utopia hoje não é mais a denominação de uma ilha distante e imaginária, ou seja, um “não lugar”, mas sim, a concretização através das lutas e reivindicações do mundo atual.

Eu tenho um sonho- discurso de Martin Luther King

EU TENHO UM SONHODiscurso de Martin Luther King (28/08/1963)

"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.
Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.
Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação.
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.
De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes". Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.
Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo. Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial.
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.
Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.
Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só. E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"
Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.
Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero. Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.
Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!
Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.
"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.
Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos.
De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"
E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.
E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.
Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.
Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.
Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.
Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.
Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.
Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.
Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.
E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:
"Livre afinal, livre afinal.
Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

Martin Luther King




"Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele." Este é um trecho do famoso discurso de Martin Luther King em Washington, capital dos Estados Unidos, proferido no dia de 28 de agosto de 1963, numa manifestação que reuniu milhares de pessoas pelo fim do preconceito e da discriminação racial.

Martin Luther King Jr. era filho e neto de pastores protestantes batistas. Fez seus primeiros estudos em escolas públicas segregadas e graduou-se no prestigioso Morehouse College, em 1948.

Formou-se em teologia pelo Seminário Teológico Crozer e, em 1955, concluiu o doutorado em filosofia pela Universidade de Boston. Lá conheceu sua futura esposa, Coretta Scott, com quem teve quatro filhos.

Em 1954 Martin Luther King iniciou suas atividades como pastor em Montgomery, capital do estado do Alabama. Envolvendo-se no incidente em que Rosa Parks se recusou a ceder seu lugar para um branco num ônibus, King liderou um forte boicote contra a segregação racial. O movimento durou quase um ano, King chegou a ser preso, mas ao final a Suprema Corte decidiu pelo fim da segregação racial nos transportes públicos.

Em 1957 tornou-se presidente da Conferência da Liderança Cristã do Sul, intensificando sua atuação como defensor dos direitos civis por vias pacíficas, tendo como referência o líder indiano Mahatma Ghandi.

Em 1959, King voltou para Atlanta para se tornar vice-pastor na igreja de seu pai. Nos anos seguintes participou de inúmeros protestos, marchas e passeatas, sempre lutando pelas liberdades civis dos negros.

Os eventos mais importantes aconteceram nas cidades de Birmingham, no Alabama, St. Augustine, na Flórida, e Selma, também no Alabama. Luther King foi preso e torturado diversas vezes, e sua casa chegou a ser atacada por bombas.

Em 1963 Martin Luther King conseguiu que mais de 200.000 pessoas marchassem pelo fim da segregação racial em Washington. Nesta ocasião proferiu seu discurso mais conhecido, "Eu Tenho um Sonho". Dessas manifestações nasceram a lei dos Direitos Civis, de 1964, e a lei dos Direitos de Voto, de 1965.

Em 1964, Martin Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz. No início de 1967, King uniu-se aos movimentos contra a Guerra do Vietnã. Em abril de 1968, foi assassinado a tiros por um opositor, num hotel na cidade de Memphis, onde estava em apoio a uma greve de coletores de lixo.

Outros links

http://wapedia.mobi/pt/Presidente_Altino_(Osasco)



http://www.dpi.inpe.br/geopro/exclusao/oficinas/mapa2000.pdf



http://www.seade.gov.br/produtos/anuario/

http://www.dieese.org.br/areaAssinante/esp/estudos_mulher.xml

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Família 3ºB




Linda foto com os alunos do 3ºB, Escola Profª Fanny Monzoni Santos

Festa do Dia dos Professores




Dia 14/10 houve o jantar para comemorar o Dia dos Professores na Escola São Paulo da Cruz. Decidi postar uma foto para lembrar este fato com muito carinho.

Alguns bairros

Seguem os links


http://www.sehdu.osasco.sp.gov.br/historico_bairros/PRESIDENTE%20ALTINO.pdf

http://www.sehdu.osasco.sp.gov.br/historico_bairros/VILA%20YOLANDA.pdf

http://www.sehdu.osasco.sp.gov.br/historico_bairros/VELOSO.pdf


http://www.sehdu.osasco.sp.gov.br/historico_bairros/VILA%20MENCK.pdf

Alguns dados da cidade de Osasco

Boa tarde pessoal,

Conforme prometido envio alguns links sobre os indíces de exclusão social de Osasco.Espero que ajude.

Beijos
Profª Sandra


http://www.osasco.sp.gov.br/arquivos/21/osascomiolo_novo.pdf

http://www.oesti.com.br/regiao/osasco/estatisticas_de_osasco.html

domingo, 7 de novembro de 2010

Vídeo elaborado pela aluna Juliane Lima do 1ºB, Escola Estadual Profª Fanny Monzoni Santos.

Escritores da Liberdade



Escritores da Liberdade é um filme classificado como gênero de Drama. O filme é baseado em fatos reais, estrelado pela atriz Hillary Swank, que vive a personagem da professora “Erin Gruwell”. A história se passa por volta do ano de 1992, onde a cidade de Los Angeles vive uma verdadeira guerra nos seus bairros mais pobres, causados por gangues que são movidos pelas tensões raciais.

É meio a este drama, vivido por adolescentes na faixa etária entre 14 e 15 anos que Erin Gruwell assume a sala de aula, cansada de sua rotina diária e desiludida em relação à vida profissional, que ela muda radicalmente de profissão dedicando-se a educação. A professora chega cheia de expectativas a sala de aula, imaginava que todos os alunos iriam corresponder ao seu modelo educacional,tornando-se frustrante os primeiros encontros, as brigas, os desencontros e as insatisfações são constantes na expressões dos alunos, simplesmente ela é ignorada a ponto de ficar sozinha na sala de aula.

Sinopse: Erin Gruwell (Hilary Swank) é uma jovem professora que leciona em uma pequena escola de um bairro periférico nos EUA. Por meio de relatos de guerra, ela ensina seus alunos os valores da tolerância e da disciplina, realizando uma reforma educacional em toda a comunidade.

Anjos do Sol



Anjos do Sol conta a saga da menina chamada Maria, de doze anos, que no verão de 2002 é vendida pela família, que vive no interior do nordeste brasileiro, a um recrutador de prostitutas, imaginando que a garota estaria indo viver em um local melhor que vivia, pois não sabiam que se tratava exatamente o recrutamento. Depois de ser comprada em um leilão de meninas virgens, Maria é enviada para um prostíbulo localizado numa pequena cidade, vizinha a um garimpo, na floresta amazônica. Após meses sofrendo abusos, Maria consegue fugir e atravessa o Brasil na carona de caminhões. Ao chegar ao seu novo destino, o Rio de Janeiro, a prostituição se coloca novamente no seu caminho e suas atitudes, frente aos novos desafios, se tornam inesperadas e surpreendentes.

A vida de David Gale



No começo de A Vida de David Gale (The life of David Gale, 2003), o Estado que até pouco tempo atrás era governado por George W. Bush é descrito como um lugar onde há mais prisões do que Starbucks - a famosa cadeia de cafés americana. É lá que David Gale (Kevin Spacey), um inteligente professor da universidade local, vê sua vida desmoronar ao cair em uma armadilha que lhe custará o emprego e a familia. Sem ter o que fazer, cai em profunda depressão.

Tais fatos serão mostrados em flash-back. No ponto mais baixo de sua vida, Gale foi condenado pelo estupro e assassinato de uma amiga que, como ele, fazia parte de uma organização contra a pena de morte. Por se tratar de um crime hediondo, ele acaba pegando a pena máxima. No corredor da morte, há três dias de ter sua sentença cumprida, ele chama a repórter Elisabeth Bloom (Kate Winslet) para contar-lhe a sua historia. Começa então uma corrida da jornalista contra o relógio, para provar a inocência de Gale e salvar muitas outras vidas.

Mascarado de thriller, o filme dirigido por Alan Parker tem um viés político bem claro sobre a pena de morte. E é justamente este o seu maior pecado.

Filme direcionada para o debate sobre a pena de morte e defesa de uma causa, inclusive morrer por ela.

Jardineiro Fiel



Um diplomata em busca do assassino de sua mulher desvenda uma terrível conspiração que usa milhões de inocentes como cobaias, a menos que ele possa revelar suas sinistras raízes.
No Filme uma ativista (Rachel Weisz) é encontrada assassinada em uma área remota do Quênia. O principal suspeito do crime é seu sócio, um médico que encontra-se atualmente foragido. Perturbado pelas infidelidades da esposa, Justin Quayle (Ralph Fiennes) decide partir para descobrir o que realmente aconteceu com sua esposa, iniciando uma viagem que o levará por três continentes.
Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, conta com Ralph Fiennes, Rachel Weisz e Pete Postlethwaite no elenco. Ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Rachel Weisz), além de ser indicado nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora e Melhor Edição.

Quando o Diplomata Justin, foi surpreendido pela noticia da morte de sua esposa, sua vida se transformou numa constante e emocianante aventura pelo mundo afim de procurar as verdadeiras razões do assassinato estúpido e inexplicável de sua adorável companheira. As suas convicçoes mais ortodoxas de conceitos do bem estavam abaladas. O envolvimento incontestável dos interesses inexcrupulosos dos poderosos grupos financeiros que manobravam com os laboratórios, transformando vidas humanas em deploráveis cobaias, na pressa irresponsável de lançar produtos novos no mercado, deixava aquele homem, que apesar de ter tido na vida a posição privilegiada de diplomata britânico, ganhando conhecimento de toda a maldade ( e consequentemente a bondade) da verve humana,nunca chegaria a imaginar houvesse tâo ardida podridão no meio farmaceutico mundial. A partir desta descoberta o seu íntimo também sofreu uma dissecação desregrada dos paradigmas criados em toda sua trajetória de vida, levando aos pouco ao empobrecimento espiritual em busca de respostas que cada vez mais o surpreendia, como o fato de ser apontado como um marido traído, e de repente se depara com a crua verdade de que aquele que seus amigos acusavam de amante, amigo traidor, era na verdade homosexual e tinha por sua querida copanheira, um amor acima das vicissitudes bestiais do sexo. Os seus, considerados verdadeiros amigos, velhos companheiros de trabalho, se revelaram numa outra face o que havia de mais sórdido com interesses escusos de poder e dissimulação. São personagens de uma humanização quase perfeita. Vão do mal urbano propriamente dito ao ingênuo e despreparado primitivo. Neste ambiente de ramificações mundias que vai de Naiorobi na Africa, passando pela Europa e raspando no Canadá, este romance de Le Carré é leitura imperdível para os amantes de um boa ficção com resquicios de verdade das profundezas insondáveis caráter humano.


Nas aulas de sociologia, o intuito é discutir o tráfico de pessoas. De que maneira os seres humanos são usados como cobaias para fins ilícitos, no caso do filme para medicamentos. Como as pessoas são usadas e descartas em um jogo de poder e guerra, onde inocentes e idealistas são vítimas. Também podemos discutir o conceito de utopia do filme, bastante visível na personagem Tessa, de Rachel Weisz.

Excelente filme!

Zuzu Angel

Stuart Jones Angel (Daniel de Oliveira) participa de passeatas, enfrenta os policiais e soldados da ditadura nas ruas e está envolvido com um grupo de guerrilheiros que quer derrubar a ditadura militar brasileira estabelecida a partir de 1964. Para que seu engajamento com a causa seja ainda maior, sua namorada (e depois esposa), Sônia (Leandra Leal), também é uma entusiasta do movimento e participa ativamente de todos os conflitos e planos do grupo “terrorista” (de acordo com o governo da época) de Stuart, o MR-8.
A mãe de Stuart, por outro lado, é destaque das colunas sociais do Rio de Janeiro e ganha a cada novo dia mais fama e sucesso a nível nacional e internacional em virtude de seu inovador trabalho como estilista. Zuzu Angel tem uma vida intensa, com a agenda lotada de compromissos, dentro e fora do país, através do qual consolida o seu trabalho e arregimenta novos fãs e clientes para os seus vestidos, saias, camisas e demais vestimentas com temáticas bem brasileiras.

Os universos distintos em que vivem mãe e filho praticamente nunca se cruzam. A ausência do jovem por longos períodos e algumas esporádicas visitas realizadas por Stuart para rever a mãe e as irmãs, sempre parecendo preocupado e tenso em relação a sua presença num lugar público demais, são apenas indícios de que alguma coisa não está certa na vida de seu filho, pensa Zuzu.

O ponto de convergência entre os mundos paralelos de Zuzu e Stuart acontece quando o jovem desaparece e, através de um telefonema anônimo, a mãe é informada de seu paradeiro e do provável local de seu cativeiro. É apenas o início de uma jornada de muitos destinos e diversos interlocutores que se inicia na vida de Zuzu Angel. Indo de um quartel a outro, conversando com generais, almirantes ou brigadeiros, apelando para amigos políticos ou indo aos tribunais em busca de seu filho, a vida da estilista sofre uma mudança considerável…

E não é apenas o seu cotidiano que muda, tornando-se sombrio, tenso, sempre prestes a explodir… A concepção de mundo e a visão que Zuzu tinha em relação ao Brasil modificam-se de forma considerável, com o progressivo abandono da crença no sonho brasileiro e a superação da alienação em que vivia, típica do mundo das passarelas e das celebridades das colunas sociais…

Surge então uma nova mulher, endurecida pelos fatos, mas ainda forte para lutar por seu filho

Nas aulas de sociologia este filme serve para discutir o pele da utopia na época da ditatura militar e de que maneira a ausência de direitos políticos interferem na vida dos cidadãos.

Zuzu Angel

Quanto vale ou é por quilo?


Quanto vale ou é por Quilo? desenha um painel de duas épocas aparentemente disitintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica sócio- econômica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais.
No século XVIII, época da escravidão explicíta, os capitães do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único objetivo: o lucro.
Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora a miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais, que na verdade também são fontes de muito lucro. Com humor afinado e um elenco poucas vezes reunido pelo cinema nacional, Quanto vale ou é por quilo? mostra que o tempo passa mas nada muda. O Brasil é um país permanente de crise de valores.
Nas aulas de sociologia trabalho com este filme na discussão da escravidão contemporânea. Mesmo com a abolição da escravidão, ainda temos o retrato do trabalho infantil, da exploração da miséria, do trabalho escravo, do superfaturamente das Ong's.

Hotel Ruanda

Hote Ruanda é um filme que muito revelador e marcante. Já assistir diversas vezes e nunca me canso de ver . Sinceramente eu adoro. Cada vez que é exibido tenho um olhar diferente, uma outra versão, ele consegue fazer pensar, se sentir culpado, mexer com tudo que pensamos sobre o continente africano. Tudo isso é colocado à prova quando realmente analisamos este filme, mas com um amadurecimento inigualável.

São fatos reais, não divulgados pela mídia de 1994. Poucas pessoas tiveram o interesse de entender o que estava acontecendo com Ruanda, um pequeno país africano. Este filme serve com denúncia. Milhares de pessoas foram mortas vítimas de preconceito, de etnocentrismo e de um Estado ineficiente. São estes pontos que trabalhei nas aulas de sociologia.
Fiz uso deste filme nas salas do 1º e 3º ano com abordagens diferentes. No 1º ano quis que meus alunos entendessem como o etnocentrismo pode ser destruidor, selvagem, cruel. Hotel Ruanda é perfeito para a discussão das diversas formas de preconceito, não somente o racial, que ao meu ver, virou algo banal. O filme trata de um preconceito acobertado, a qual muitas pessoas acreditam que não exista, o preconceito contra à cultura. Etnocentrismo existe sim e não só em Ruanda, ao nosso lado. Quando riem do nosso modo de falar, das nossas vestes, da nossa religião, quando fazem "piadinhas" desnecessárias e altamente destruitivas.
No 3º ano, o centro da discussão era o conceito de Estado, no sentido político e jurídico. A tragédia de Ruanda foi imensamente grave,pois sua estrutura política não era forte, não existia uma soberania e muito menos um governo estável.
Muitas pessoas sofreram com tudo isso, vítimas da mediocridade do ser humano e do sistema político falho e dependente das ditas grandes potências que não abriram seus olhos para esta frágil nação.

Tempos modernos- Charles Chaplin


É um filme de 1936 do cineasta britânico Charles Chaplin. Um verdadeiro clássico. Chaplin tenta sobreviver em uma sociedade industrializada e no meio do mundo moderno.
Trabalhei com este filme em algumas turmas do 2º ano do ensino médio. Filme muito importante para a discussão da sociologia do trabalho.
Tempos modernos, em uma abordagem bastante cômica, trata da exploração do trabalho, a valorização da miséria e a desigualdade social em uma linguagem muito simples e divertida.
Vale a pena conferir esta obra prima do cinema mundial diversas vezes.

A procura da felicidade


O filme " A procura da felicidade" retrata fielmente o papel da família e as maneiras de lutar pela felicidade, de lutar para ter sucesso na vida.
O meu interesse de trabalhar este filme é discutir as duas fases de socialização do indivíduo: a socialização primária e a socialização secundária.
Além de ser um filme interessante do começo ao fim, ele é rico em valores e na preservação da esperança, onde nos identificamos com o personagem Chris Gardner.
Consegui trabalhar também os papéis sociais existentes no filme, mas com auxílio do sociólogo Erving Goffman.
Definitivamente este filme tem muitos argumentos e possibilidades de trabalhar a sociologia no ensino médio, é muito enriquecedor.

Filmes exibidos em sala de aula

Em 2010, exibi muitos filmes em sala de aula. Acredito que a sétima arte é uma ferramenta muito importante para o aprendizado, facilita a compreensão do conteúdo e instiga o senso crítico.

Neste espaço irei colocar as sinopses dos filmes que exibi para os meus alunos. Filmes que adianto que são muito bons.

Final de ano letivo

Praticamente todos os professores estão contando os dias para o final do ano letivo. Eu não sou diferente. Estou com um misto de ansiedade para terminar e entrar de férias logo e um misto de saudades. Esse ano foi razoável. Acredito que melhorei em alguns aspectos mas que continuo pecando em outros. Sociologia uma vez por semana continua sendo o principal obstáculo. É difícil chegar nos alunos com esta carga horária tão insatisfatória.
Este ano também teve muitos contratempos, como copa do mundo, greve dos professores, eleição, a minha dermatite que custou a melhor, mas que não estou 100% livre. Se pensar bem, foram poucos os momentos em sala de aula, isso deixou o trabalho muito mecânico, muito automâtico, até diferente do que consegui em 2009, principalmente na Escola Dr. Américo Marco Antônio.
Foram 2 escolas novas, com seus pontos positivos e pontos negativos. Não são nem as melhores, nem as piores escolas de Osasco. Acredito que consegui muitas coisas neste ano letivo, principalmente consegui amadurecer mais. E todo o amadurecimento vale a pena.

Voltei...até que enfim!!

Pessoas

Decidi atualizar este blog. Há muito tempo tive vontade de fazer isso mas por falta de tempo, falta de inspiração e até mesmo preguiça fui adiado. Não por falta de assunto, pois assunto teve e tem aos montes, mas pq não batia a vontade de escrever no blog, publicar. As minhas ideias ficam apenas na mente ou no papel e isso é errado. Tenho que ter vontade de divulgá-las ao mundo e deixar transparecer tudo que penso, tudo que sou.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Início de ano letivo

Esta semana foi a retomada do ano letivo. Duas novas escolas, novos alunos, enfim, muitas novidades. Tudo é costume, ainda estou na fase de adaptação, análise, mas mesmo assim já consigo fazer minhas conclusões, aonde deve ser melhorado no meu trabalho e no trabalho dos alunos.
Sou uma pessoa muito crítica e principalmente auto-crítica. Sempre procuro melhorar todas as minhas atividades, pra mim nada está perfeito. Acredito que isso é a graça da vida, sempre buscar melhorar mais e mais. Corro atrás sempre e acredito mesmo que irei conseguir.

O trabalho volta com tudo e eu estou pronta para enfrentar todos os desafios, as cobranças de terceiros mas principalmente a minha cobrança.

Beijos

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Há três anos participo das atribuições da secretária estadual de educação e as três experiências foram conturbadas. Em 2008, estudante do último semestre da PUC resolvi me candidatar, mas não obtive êxito já que a disciplina de sociologia saiu da grade curricular neste ano. Tinha a opção de virar professora eventual, mas tinha consciência das dificuldades desta função, portanto, não quis me aventurar e resolvi trabalhar na área de comunicação.
Mesmo longe da educação participei das discussões e lutei para que a sociologia e a filosofia voltassem a ser componentes obrigatórios na grade curricular dos estudantes. Felizmente nossa categoria conquistou a vitória, é bom ressaltar a importância do Sinsesp ( Sindicato dos sociólogos do estado de São Paulo) nisso tudo

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010


Olá

Olá gente!!!

Este blog tem como objetivo publicar meus artigos, ideias, os textos de minha aulas de sociologia, enfim, centenas de coisas.

Eu sou a Sandra Jardim, tenho 24 anos e sou cientista social e professora de sociologia da rede pública de Osasco.

Sejam bem vindos!!